Rainha
dos Suecos, Godos, e Vândalos: Grâ-Princesa da Filândia: Duquesa de Íngria,
Estónia, Lívônia e Carélia.
Nasceu no dia 18 de dezembro de 1626, em Estocolmo (Suécia)
e faleceu no dia 19 de abril de 1689, em Roma, Estados Papais com 63 anos.
Rainha da Suécia de 6 de novembro 1632 a 6 de junho de
1654, Cristina era filha de Gustavo Adolfo II da Suécia e de Maria Leonor de
Brandemburgo. Nasceu no dia 18 de dezembro de 1626, em Estocolmo, e faleceu com
63 anos no dia 19 de abril de 1689, em Roma, Estados Papais.
No dia 16 de novembro do ano 1632, a Suécia está de luto.
O rei Gustavo II Adolfe, o Amado ferido em combate faleceu depois de levar a
sua cavalaria à vitória contra os alemãs, na batalha de Lutzen.
Este grande monarca aliado com a França, tinha dois
objectivos principais : estender a sua influência na Europa e defender o
luteralismo a todo o custo.
Gustavo II não teve filho varão para lhe suceder o que
derrogou a tradição. Sua única filha, Cristina, tinha apenas seis anos na
época, e uma menina como soberana não pareceu diminuir o entusiasmo dos suecos
a esse respeito.
Com efeito os ingleses que conseguiram influenciar a cena
política 30 anos antes, não o deviam a uma mulher, a rainha Elisabete?
Os suecos viram em Cristina a continuidade, aquilo que
asseguraria a realização dos desejos de Gustavo II, mas infelizmente o povo
enganou-se.
Antes da sua maioridade o poder foi entregue ao chanceler
Oxenstierna.
Em 1644, ela assumiu o poder e opôs-se ao chanceler.
Tendo sido criada e educada como um rapaz, “Cristina foi nomeada rei e não
rainha” em 1650.
O que a história retem dela é a assinatura do Tratado de
Brömsebro em 1645 entre a Suécia e a Dinamarca.
A supremacia militar sueca obrigou a Dinamarca a render-se
às pretenções da Suécia, e ceder-lhe as províncias norueguesas de Jemtlândia,
Erdália, a ilha da Gotlândia, a ilha de Ösel e a província dinamarquesa da
Halândia por 30 anos, como garantia de que os dinamarqueses deixariam de cobrar
a taxa de passagem a navios estrangeiros no estreito de Öresund.
Este tradado pôs fim à Guerra de Torsnson, um conflito
que havia rebentado em 1643, e estava inserido no conflito mais global da
Guerra dos 30 Anos.
As negociações tiveram lugar em Brönsebro, entre Axel
Oxenstierna pela Suécia e Corfitz pela Dinamarca, dirigidas pelo diplomata
francês Gaspard Coignet de la Thuillerie, tendo como observadores os
representantes de Portugal, Liga Hanseática, Stralsund e Mecklenburg. Em 1658 o
tratado de Rod kilde endureceu os termos acordados em Brömsebro.
Dizia-se que esta rainha-rei era de uma rara beleza. Além
disso era dotada de uma inteligência incomum, no entanto Cristina era muito
desgovernada.
Ela tornou-se a protetora das artes e, entre outros assumiu
a tutela de Descartes e os músicos Corelli e Scarlatti. As suas frequentações
eram mais que duvidosas.
Muito culta, abandonou os assuntos do estado e
converteu-se ao catolicismo. Em 1654, Cristina abdicou para se dedicar à sua
paixão: as artes, sem contudo abandonar as intrigas políticas nas quais ela se
distinguia.
Christina também tinha uma paixão que muitas pessoas
ignoram. A rainha era uma colecionadora. Sua paixão provavelmente era um
remédio para seus ataques de melancolia.
Não é colecionar a arte dos hobbies? Foi assim que ela
adquiriu grande parte dos tesouros de Carlos I da Inglaterra, quando este foi
decapitado por alta traição em 1649.
Ela possuía livros antigos e pinturas famosas. Por causa
dos seus tesouros, ela acreditava ser uma grande rainha. Foi o seu abuso que
minou as finanças do reino e a forçou a exílar-se em Roma.
Cheia de dívidas, diz-se que ela tinha a mão leve e não
resistia à tentação de roubar uma bela moeda ou bela jóia. O boato foi
confirmado cada vez mais; Cristina era a “rainha ladra”.
Dizem que roubou uma série de talheres de prata ao Duque
de Parma, que ela sustituía por outros
banhados em prata. Acontecia que durante estes roubos ela fosse ajudada por
servos. Havia rumores que ela até roubou a carroça do embaixador da Espanha
durante uma visita de cortesia, e a partir daí as gentes fugiam dela como uma
praga.
Durante uma visita que fez a Paris, o grande Mazarin,
cardeal, político e colecionador, disse: “mantenham essa louca longe dos meus
armários, caso contrário, em breve vou sentir a falta de algumas das minhas
miniaturas.”
Cristina –
Ducado de ouro cunhado em Erfurt, 1645
Anv. Busto da
rainha drapeada e coroada, ¾ de frente
CHRISTINA D: G:
SVEG: GOTH: VAND: REGINA
Rev. Escudo
coroado
PR. FINL. DVX. ET
HOM. ET CAREL. DOM: I.
(Ref, Dav.-4525)
Cristina
– 3 coroas de prata cunhado em Estocolmo em 1651
Anv.
REGINA CHRISTINA
Rev.
Três coroas – II M
(Ref.
KM/WC, 17/210)
Cristina – 1 Ore
cunhado em Avestea, 1644-1653
Anv. Brasão ornamentado e encimado com
a coroa dos reis Suecos (Dinastia Vasa)
CHRISTINA. D: G: SVE: GO: WAN:
REGI: ET. PRI: HÆ :
Rev. Coroa por
cima de duas setas cruzadas
MONETA.NOVA.CUPREA.DALARENSIS.
MDCL, .1. .OR
(Ref. KM♯ - 162)
Cristina –
Rksdaler cunhado em 1644
Anv. busto de
Cristina drapeado e coroado ¾ de frente
CHRISTINA. D: G: BVE: GO:
WAN : DE : RE : ET : PR : H
Rev. O Cristo
dando a benção, com um globo crucífero na mão esquerda, escudo tripartido
coroado.
SALVATOR. MVMDI.
SALVA. NOS. M. DC. XLIV. H.
(Ref. Dav-4525)
Cristina – Sólido cunhado em Riga, 1632-1654
Anv. Brazão da dinastia Vasa,
casa real da Suécia de 1523-1654
CHRISTINA . D.G.R.S.
Rev. Escudo com 2 Chaves cruzadas
SOLIDVS . CIVI : RIG . 5 . 3 .
(Ref. Ahlstrom-54; Haljak II-1512; Fed-767)
MGeada
Bibliografia
Bernard Quilliet; Christine de Suède, Fayard, 2003.
Françoise Kermina; Christine de Suède, Perrin, 1995.
Úrsula de Allendesalazar; Reine Christine de Suède, éditorial Marcial
Pons, Madrid, 2009.
Veronica Bucklei; Christine Reine de Suède, Londres. Harper Perennial,
2005.
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