segunda-feira, 5 de outubro de 2015


Revolução de 5 de outubro de 1910

Elevado ao trono como herdeiro de D. Carlos I, em 01-02-1908, quando este e o primogénito, D. Luis Filipe foram eliminados por golpe traiçoeiro, o infante D. Manuel com 19 anos incompletos começou a governar como segundo rei do seu nome.

D. Manuel tem uma posição passageira entre a Monarquia e a Repúbica.
A ideia de novo regime vai ganhando terreno, como se fora o remédio para todos os males de que enfermava a monarquia, velha de mais de sete séculos.

Os partidos políticos aproveitam todas as oportunidades para se digladiarem e assacar as culpas de tudo ao governo e ao regime vigente.

Após a  revolta militar (fracassada) no Porto  em 31 de janeiro de 1891, os republicanos não abandonaram os seus projetos e, aproveitam a fraqueza dos monarquicos para com propaganda intensa alargarem o seu eleitorado e, pela segunda vez  prepararam ambiente para se apoderarem do poder e, conseguiram-no por fim.

No Porto deu-se a revolução vitoriosa de 4 de outubro de 1910.
Uma revolução onde colaboraram a maior parte das forças que sustentavam o trono, fê-lo ruir e permitiu a proclamação da República em Lisboa no dia 5,  logo de seguida uma cerimónia idêntica no Porto e outras localidades.  


Às oito horas do dia 5 de outubro de 1910, José Relvas e outros membros do Partido Republicano Português, na varanda dos Paços do Conselho de Lisboa, perante milhares de pessoas, proclamaram a República.

Foi constituído um governo provisório, presidido por Teófilo de Braga que imediatamente publicou diversa legislação.
Entre outras, expulsou as ordens religiosas do país encerrando os conventos, aboliu o ensino da doutrina cristã nas escolas, estabeleceu o divórcio, o registo civil obrigatório, etc.

A bandeira e o hino nacional também foram substituídos, instituindo-se a bandeira verde rubra, (agora bandeira nacional), e “A Portuguesa”  (hino nacional).
Em 1911 foi promulgada uma nova Constituição e o Dr. Manuel de Arriaga eleito primeiro presidente da República Portuguesa.


Do azul branco ao verde rubro,
a simbólica da bandeira nacional




Bandeira instituída em novembro de 1910


Modelo adotado em 30 de junho de 1911

Um escudo comemorativo da revolução de 5 de outubro de 1910.
Cunhado  em 1914 a 1 000 000 de exemplares de prata a 835‰, tem um diâmetro de 37mm, e 25g. de peso.

Escultor:
Anv. Francisco dos Santos
Rev. José Simões de Almeida
Gravador : Alves de Rego
Legislação: Decreto- lei n. 927 de 3 de outubro de 1914.

Anv. À direita do campo, tendo como fundo o sol nascente sobre a terra, a figura simbólica da República, de meio corpo à esquerda, envolvida na bandeira nacional e empunhando um facho aceso na mão direita, tendo por baixo a inscrição “5 de outubro de 2010”, em três linhas e, na orla superior, a legenda “República Portuguesa”, entre pares de estrelas.

Rev. Ao centro do campo, o escudo das armas nacionais assente num “fascio” romano de varas e machado, circundado por vergônteas de louro e de carvalho entrelaçadas em baixo por um laço e, na orla inferior, o valor, “1 Escudo”.

Dois euros comemorativos do centenário da República Portuguesa.
Cunhado em setembro 2010 a 2 000 000 de exemplares, é bimetálico (latão níquel), com um diâmetro de 25,75mmm e peso 5,5 g. .

Escultor: José Cândido e Luc Luycx
Legislação: Resolução do Conselho de Ministros n. 25/2010, de 5 de abril

Anv. No campo central, é utilizada uma composição dos elementos mais significantes e simbólicos da República: a efigíe e as armas da mesma e a legenda “República Portuguesa 1910-2010”, dispostos em arco sobre o escudo e, envolvendo todo o desenho, encontram-se dispostas em forma circular as 12 estrelas que representam a União Europeia.

Rev. O número 2 que representa o valor da moeda aparece no lado esquerdo da face comum.
Sobre o lado direito da mesma face, surgem seis linhas verticais direitas, sobre as quais estão sobrepostas doze estrelas, cada uma imediatamente antes de cada  extremidade destas linhas .
O continente europeu está representado no lado direito.
A parte direita desta representaçãp subrepõe-se à secção média das linhas.
A palavra EURO está sobreposta horizontalmente na parte central direita da face comum.
As iniciais “LL” do autor da gravura estão inscritas sob a letra “O”, perto do bordo do lado direito da moeda.

MGeada

Bibliografia
Jorge de Abreu. A Revolução Portuguesa , 5 de Outubro 1910: Lisboa, casa Alfredo David, 1912.
Valente, Vasco Pulido; O Poder e o Povo: a Revolução de 1910, 5.ed. Lisboa. Gradiva,2004.

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