Um
novo aspecto do simbolismo da emissão monetária do milénio de Roma, no reinado
do imperador Filipe I, “o Árabe”.
Os jogos seculares foram comemorados inúmeras vezes, e deram origem a
muitas emissões monetárias.
Augusto, Domiciano e Septímio Severo comemoraram este evento baseando-se no
“calendário etrusco” que tinha a particularidade de ter 110 anos .
Cláudio, Antonino Pio e Filipe, comemoraram
respectivamente os 800, 900 e o milénio de Roma, que é o assunto destas
páginas.
Neste artigo vamos tentar fazer um balanço sobre as hipóteses da simbologia
nos reversos utilizados.
Anv. Filipe com coroa radiada à direita
IMP PHILIPPVS AVG
Rev. Leão
caminhando para a direita
SAECVLARES AVGG I = primeira oficina
(Ref. RIC-12, RSC-173, Sear-8956)
Anv. Filipe com coroa
radiada à direita
IMP PHILIPVS
Rev. Loba amamentando Rómulo e Remo
SAECVLARES AVGG
II, segunda oficina
(Ref. RIC IV/15, Cohen-178)
Anv. Filipe I com coroa
radiada à direita
IMP P PHILIPPVS AVG
Rev. Bode caminhando para a esquerda
SAECVLARES AVGG
III, terceira oficina
(Ref. RIC IV/22, RSC- 189)
Anv. Otacília com diadema
e drapeada à direita
OTACIL SEVERA AVG
Rev. Hipopótamo com cabeça de leão caminhando para
a direita
SAECVLARES AVG
IIII, quarta oficina
(RIC- 116 b. RSC-63)
Anv. Filipe com coroa
radiada à direita
IMP PHILIPPVS AVG
Rev. Cervo caminhando para a direita
SAECVLARES AVGG
V, quinta oficina
(Ref. RIC IV/22, RSC- 189)
Anv. Filipe com coroa
radiada à direita
IMP PHILIPPVS AVG
Rev. Antilope caminhando para a esquerda
SAECVLARES AVGG
VI, sexta oficina
(Ref. RIC IV/22, RSC- 189)
IMP PHILIPPVS AVG
Rev. Veado caminhando para a esquerda, e marca da
oficina
SAECVLARES AVGG
(Ref. RIC- IV/20,
RSC-185)
Philipe II-Sestércio
cunhado em Roma em 248
Anv. Philipe II drapeado
e laureado à direita
IMP M IVL PHILIPVS AVG
Rev. Alce caminhando para a esquerda (espécie de veado das regiões do norte)
SAECVLARES AVGG
(sem marca da oficina)
(Ref. RIC-264a,
Cohen-73)
Anv. Filipe com coroa
radiada à direita
IMP PHILIPPVS AVG
Rev. Cipo com a
inscrição COS III
SAECVLARES AVVG
Anv. Filipe com coroa
radiada à direita
Rev. Templo de Roma, hexastilo (com 6 colunas) com a deusa Roma ao centro
SECVLVM NOVVM -(Século novo)
(Ref. RIV-25 B, RSC-198)
Esta 9 ͦ emissão da oficina monetária de Roma, provavelmente
teve início, em abril do ano 248, por
ocasião do milénio de Roma.
De notar que RIC considera que esta é a 5 ͦ emissão da oficina monetária de Roma, que teve início no dia 21 de abril de 247.
Para esta emissão, as seis oficinas em actividade cunharam moedas que
tinham todas a mesma legenda no reverso, SAECVLARES AVGG (Saeculares Augustorum).
Os jogos seculares dos Augustos, têm a representação de um animal diferente
em cada oficina e, no exergo o seu número em algarismos romanos ou, uma marca.
Estas moedas foram cunhadas em nome de Filipe I e Filipe II seu filho que
ele elevou ao título de Augusto em maio de 247, e de Octacília esposa de
Philipe I.
A interpretação do reverso destas emissões, tem ligação com os textos
antigos.
A história de Augusto dá-nos uma lista dos animais exibidos:
encontramos o leão, o veado e hipopótamo, que figuram no reverso destas emissões.
A explicação mais comumente aceite, é que estamos na presença de uma emissão
monetária , destinada a veicular no Império a imagem de um dos grandiosos
aspectos destas festividades.
Esta interpretação conforme aos textos, é perfeitamente credível e, oferece uma visão impressionante do realismo das distrações oferecidas ao povo,
nesta grande ocasião.
Este tipo de emissão monetária, também se encontra frequentemente para
comemorar o triunfo do imperador, no regresso das suas campanhas militares.
Anv. Caracala laureado à
direita
ANTONINVS PIVS AVG BRIT
Rev. Elefante com o corpo
e pernas cobertas com uma rede, caminhando para a direita
P M TR P XV COS III P P
(Ref. RIC- 199, RSC-208, BMC-47)
No entanto, devemos notar que entre essas moedas, a da segunda oficina
difere das outras.
Com efeito, o tema escolhido “a loba romana” é uma referência direta ao mito da fundação de
cidade, enquanto outras emissões mostram outros animais.
Temos portanto uma emissão puramente descriptiva dos jogos, mas também com
outra simbologia.
No entanto, podemos ter uma ideia que durante os desfiles, um carro
tenha transportado esta representação (estátua), ou mesmo que a cena tenha
sido recontituída ao natural com uma loba domesticada e crianças.
O aspecto simbólico dessa representação, "o símbolo" do mito da fundação de
Roma, obriga a interrogarmo-nos, sobre o impacto dos outros reversos presentes
aquando desta emissão, porque o aspecto simbólico destes, era uma
constante na numária de Roma desde a República e, seria surpreendente que os
animais ilustrados nestas moedas, fossem
escolhidos ao acaso.
Nas moedas romanas, os animais são muitas vezes representados seja como um
símbolo de força “o leão”, eternidade ou longevidade “elefante ou cervo”, ou
como símbolo de uma divindade: o leão, a cabra, ou a águia por Júpiter, (presente especialmente nas moedas de
consagração), a serpente da Salus, a corça de Diana etc,.
Esta interpretação simbólica da 9 ͦ emissão faz todo o sentido no contexto,
porque a moeda sendo o principal vetor da propaganda imperial, não há nada de
surpreendente em que para exaltar o poder, as virtudes de Roma e do imperador, tenham esolhido animais representativos dessas qualidades.
Esta hipótese nos daria as seguintes simbólicas :
O leão=Júpiter=imperador
A loba romana=Roma eterna
O cervo=a longevidade do reinado
Para os outros três reversos, a simbologia é mais obscura; todavia podemos sugerir algumas suposições:
O hipopótamo=fecundidade: este animal na Antiguidade Tardia egípcia, ainda
estava assimilado à mulher grávida e à Fecundidade (deusa Taouret).
Este simbolismo terá sobrevivido até ao século III, através do culto da
deusa Isis, importado do Oriente e se espalhou em Roma?
Esta hipótese é interessante porque é o retrato da imperatriz que lhe está assossiado
no anverso da moeda.
Não faremos um grande comentário
sobre a relação entre o bode e Filipe II: a sua coragem nos combates? Ou outro
ânimo longe dos campos de batalha, simbolizando a aspiração dinástica?
Em contrapartida, a associação cabra=Júpiter é mais explícito, porque foi
uma cabra “Almateia”que alimentou Júpiter na sua infância.
A cabra associada a Pilipe II, poderia
muito bem fazer referência à
infância de Júpiter e, ao mesmo tempo a Filipe tornando-o um jovem imperador.
Portanto é possível que não seja um bode, mas sim uma cabra como o consideram
alguns autores.
A identificação do animal representado nesse reverso, foi recentemente
motivo de muitos debates. Além disso, alguns anos mais tarde a representação de
Júpiter montado na cabra Almateia, será um dos reversos principais do jovem
Valeriano II, filho do imperador
Galiano.
Valeriano II-Antoniniano cunhado em Roma em 257-258
Anv. Valeriano com coroa radiada à direita
P LIC VALERIANVS CAES
Rev. Júpiter montado na cabra Almateia, levantando a mão direita e
segurando um chifre com a esquerda,
IOVI CRESCENTI (Júpiter Crescente/a crescer)
(Ref. RIC-13. C. 29, Sear-10732)
No que diz respeito ao antilope ainda não se encontrou nenhuma simbologia particular.
Os animais símbólicos (reais ou
fictícios) associados à proteção de uma divindade, será retomada alguns anos
depois pelo imperador Galiano, na sua emissão do “bestiário".
Essas interpretações simbólicas dos reversos, não vão contra aquelas
utilizadas pelos imperadores anteriores: só é pena não ser aplicável a toda a
série monetária.
Podemos enão presumir uma outra
interpretação simbólica, que não é contra o contexto histórico nem das imterpretações precedentes.
As festas do milénio, são a oportunidade de melhorar a imagem do Império que é atacado por todos os lados.
Os bárbaros já se encontranm às portas do Império Romano. Filipe conseguiu
a paz com os persas, em troca de algumas terras e um vergonhoso tributo anual.
Os Carpos e os Quados, devastaram a Dácia antes de serem derrotados e expulsos
no ano 245.
Agitações rebentam continuamente na fronteira norte e a leste.
Agitações rebentam continuamente na fronteira norte e a leste.
É necessário manter a ilusão que o mundo romano ainda é muito poderoso e,
continua a ser o centro do mundo.
A escolha dos animais representados, estará em relação com essa ideia de
universalidade?
Desde sempre os animais foram escolhidos para representar as províncias nas
moedas: o leão, o escorpião e o elefante para representar a África. O crocodilo
para o Egito, são alguns exemplos disso.
Para representar a extensão do mundo romano da época pelas suas províncias,
seria necessário
quase um jardim zoológico! Para isso, as seis oficinas monetárias de Roma
seriam insuficientes.
Geográficamente, o mundo romano apresenta-se como um rectângulo com o
Mediterrâneo no seu centro, e pode ser dividido em vários subgrupos coerentes.
A Itália é rodeada por:
1-«Velho Mundo romano». as províncias do oeste e do noroeste, romanizado desde
há muito tempo.
2-«As províncias Bálcâs» do nordeste (Dácia, Panónia etc,).
3-«Oriente Próximo» (ou Próximo
Oriente) (Síria, Arábia, Mesopotâmia)
4-«África do Leste (Egito, Líbia)
5-«África do Oeste» (Zona Sáariana e costeira)
Partindo daqui vamos estudar os animais representados
A gravura dos cunhos, é aproximadamente a mesma em todos os exemplares
consultados.
Os artistas procuraram reproduzir um determinado animal, e não um animal
qualquer, porque para um mesmo tipo pode haver grandes variações, dependendo
da espécie e da sua origem geográfica.
Originalmente regrupados para o triunfo do imperador Gordiano III, lógicamente
estes animais deviam ser originários ou representar aquela região.
Na antiguidade, o leão era muito abundante na Àfrica e no Oriente Médio.
A cabra, animal comum, domesticada há muito tempo, estava presente em todos
os lados. No seu estado selvagem (cabra
de angorá), encontrava-se em grande abundância nas regiões montanhosas no
nordeste da (Turquia Asiática).
O hipopótamo, agora confinado nas regiões húmidas da África Central,
naquela época o seu domínio chegava até à embocadura (ou foz) do rio Nilo.
O cervo: este animal foi predominante em todos os lados, mas com variações
significativas no tamanho e nos chifres. O animal representado nas moedas, aparatado com numerosos esgalhos em conformidade com a
espécie europeia, vive em áreas florestais.
O antilope: este animal como o precedente, foi generalizado sob diversas
formas na África, Ásia e mesmo na Europa do Norte. Os longos chifres em
espirale e ligeiramente arqueados para trás, são uma reminiscência (ou recordação), de uma espécie africana
(cudo, oryix ?).
Como podemos constatar, estes animais não são tipicamente “persas” e neste caso, considerar a seguinte simbólica, dependendo da origem geográfica
dos animais.
O leão: Oriente Médio, a Arábia terra natal do imperador.
A cabra: as regiões das bálcâs
Hipopótamo: Egito
O cervo: as províncias do noroeste
O antilope: a Àfrica subsariana
Estes cinco animais estão associados com a Loba, símbolo de Roma e da Itália.
A história de Augusto e outras fontes antigas não dão pormenores sobre estas
festividades.
Podemos imaginar que um desfile juntou delegações «dos cinco cantos do
Império», que vieram a Roma para celebrar o evento, cada uma acompanhada por
animais representativos dessas regiões.
Uma forma do triunfo de Roma sobre o resto do mundo; ou, considerar que
estes reversos mostram que os animais reunidos para a ocasião, provinham de todo
o “mundo romano”.
Em seguida, este cortejo triunfal dirigia-se para o templo de Roma para
efectuar devoções e sacrifícios.
O templo de Roma será então representado nas moedas da emissão seguinte.
Anv. Pilipe I com coroa
radiada e drapeado à esquerda
IMP M IVL PHILIPPVS AVG
Rev. Templo de Roma com
seis colunas.
A Deusa figura ao centro
com um cetro na mão esquerda e um globo na direita
SAECVLVM
NOVVM
(Ref. RIC-86a, RSC-200)
(Antioquia: foi uma cidade da antiga província romana da
Pisídia. Foi uma das diversas cidades que receberam o nome de Antioquia,
fundadas por Seleuco I).
Como a utilização de animais para representar o espaço geográfico já tinha
sido utilizado no passado, mas em pequena escala, exemplo o denário do
imperador Adriano aonde no reverso a África regrupa dois animais: o elefante e
o escorpião.
Adriano-Denário cunhado
em Roma em 149
Anv. Adriano laureado á
direita
HADRIANVS AVG COS III P P
Rev. A África semi deitada virada à esquerda, com uma pele de elefante na
cabeça, um escorpião na mão direita, e uma cornucópia na esquerda. AFRICA.
(Ref. RIC-299, RSC-138)
E, dado o estado do Império romano nesse momento, a necessidade de reforçar
a ideia do seu poder e supremacia sobre o mundo através das moedas junto dos
habitantes do Império, não pode ser negligenciada.
Estes pressupostos, no entanto permaneceram simples construções intelectuais;
as fontes que temos não permitem afirmar a certeza.
A leitura do reverso proposto, no
entanto oferece a vantagem de fazer a 9 ͦ emissão homogénia sobre o plano
simbólico, sem por em causa as outras leituras.
Esta foi uma das razões que nos levaram a interrogarmo-nos sobre o impacte simbólico do
reverso desta emissão, a escolha destes animais e diversidade psicóloga destas imagens.
Estes animais podem ser apenas os atores de grandes caçadas recontiuídas nas arenas: explicação puramente descritiva, da qual o significado era evidente para os romanos da Itália mas, devia escapar a grande parte das pessoas em outras regiões do Império.
Porque utilizar animais pouco representativos (em questão de força,) para mostrar a grandeza de Roma?
A história de Augusto cita animais mais
espetaculares: tigres, panteras, hienas ou mais exóticos, por exemplo,
rinocerontes e girafas que seriam mais adequados para sugerir a magnanimidade dos jogos, e marcar os espíritos ou memórias.
Essas moedas muito divulgadas em todo o Império, porque
privar-se de uma mensagem de propaganda em larga escala?
Explicação: «Roma organiza jogos magníficos, Roma
é poderosa» mas, podemos considerá-la um pouco simplista.
Um vetor importante para difusão dessas moedas
nas regiões distantes de Roma, era o soldo das legiões. Naquela época a maioria eram
constituídas por soldados estrangeiros, muitas vezes oriundos de regiões
perturbadas do Império.
O facto dos soldados verem no reverso das moedas
de Roma um animal familiar, podia significar que a sua terra de origem fazia
parte do Império.
Esta mensagem federativa não parece ilógica, neste
período turbulento onde a lealdade vai para aquele que paga melhor, e aonde as
ameaças exteriores são cada vez mais frequentes.
Esta 10·ͦ emissão, também apresenta uma moeda
interessante ligada às comemorações do milénio, mas apresenta outro animal:
o elefante com a legenda AETERNITAS AVGG, (eternidade
dos Augustos)
Filipe I-Antoniniano
cunhado em Roma no ano 270
Anv. Filipe drapeado e laureado à direita
IMP PHILIPVS AVG
Rev. Elefante com o
cornaca à esquerda
AETERNITAS
AVGG
(Ref. RIC-58, RSC-17,
Sear-8921)
Devemos primeiramente notar, que é a única moeda
nesta emissão com este reverso.
Se for apenas para mostrar um animal que
participou nas festividades, a sua presença nesta emissão pode surpreender e, ficaria melhor na 9 ͦ emissão no lugar da loba.
Simbólicamente esta também ficava bem na 10 ͦ emissão com o templo de Roma, ou a moeda onde figura o cipo, erigido para celebrar os consulados do imperador e do seu filho, durante as cerimónias do milénio.
Simbólicamente esta também ficava bem na 10 ͦ emissão com o templo de Roma, ou a moeda onde figura o cipo, erigido para celebrar os consulados do imperador e do seu filho, durante as cerimónias do milénio.
Anv. Filipe laureado e drapeado
à direita
IMP PHILIPPVS AVG
Rev-cipo com a
inscrição COS III, SAECVLARES AVGG
(Ref.RIC-24C,
RSC-193, Sear-8961)
Porque razão isolaram o elefante?
A legenda refere-se diretamente à noção da eternidade da qual o
elefante é um símbolo forte.
Esta é uma mensagem clara: o Império é eterno representado na legenda do
reverso ROMA AETERNAE, das precedentes emissões.
Podemos aplicar a
leitura «geográfica» a este reverso?
O elefante é tradicionalmente usado para representar a Àfrica, tal leitura aqui parece impossível.
O elefante é também na história romana, o símbolo das guerras contra os
cartagineses.
Uma referência a Anibal, aqui seria anormal.
Por isso não temos leitura «geográfica» perfeitamente adequada.
Todavia os elefantes continuaram a ser utilizados muito além das Guerras
Púnicas (como força de ataque ) por alguns exércitos, incluindo os persas.
A História de Augusto indica que na época dos jogos havia 32 elefantes em
Roma, dos quais 12, enviados por Gordiano III, 10 por Alexandre Severo, os
outros 10 terá sido Filipe I que os trouxe da Pérsia?
Teremos aqui uma alusão à “vitoria” do exército romano sobre os persas?
Embora a paz com a Pérsia fosse concluída com um tratado infame para Roma, a
escolha do reverso desta moeda pode ser visto como um aviso, enviado aos
ursupadores que aparecerem no Império, exemplo: Pacaciano na Mésia.
Este imperador efémero vai usar o mesmo tipo de propaganda cunhando no
reverso a deusa Roma com a legenda, Roma eterna ano 2001, usando assim o simbolismo
do seu adversário a seu favor.
Anv. Pacaciano com coroa
radiada e drapeado à direita
IMP TI CL MAR PACATIANS
PF IN
Rev. Roma sentada num escudo,
com uma Vitória na mão direita e uma lança na esquerda
ROMAE AETER AN MIL ET PRIMO
(Ref. RIC-IV 6 var., Cohen-7 var.,
RSC-7 var.)
MGeada
Bibliografia
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https://fr.wikisource.org/wiki/Les_Jeux_s%C3%A9culaires_d%E2%80%99Auguste
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